quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Mercedes Sosa & Cuarteto Zupay - Venas abiertas








Seleção de besteiras da mídia golpista durante o Governo Lula



Ótimo post que o tuiteiro @Porra_Serra_ em seu blog Frases da Dilma nos brindou.
Olhando em retrospectiva se percebe a quantidade de bobagens que os supostos "especialístas" da mídia golpista despejaram ao longo dos oito anos do governo Lula.
Após este rápido apanhado fica mais fácil de se entender porque a velha mídia golpista cada vez mais perde credibilidade e capacidade de influência junto a população brasileira. Olhando hoje o que eles disseram no passado e o que aconteceu, dá para rir bastante com algumas das pérolas.
Segue o texto original do post:

Pretendo nesse post mostrar o que disseram os “colOnistas” (*) do Partido da Imprensa Golpista nesses 8 anos de Governo Lula, na medida do possível citarei os links das frases e mostrando como os argumentos de tais pessoas são de extrema falsidade, fundamentados por preconceitos, racismos e ódio ao Governo Lula.
O link com a frase original encontra-se na imagem, em vermelho com link do desmentido ao PIG:


“Lá [em Honduras] como cá houve, na verdade, um contragolpe. Aqui, por uma ação militar que deixou o Congresso diante de um fato consumado: a invacância da presidência, com a fuga de Goulart para o exterior. Lá, por uma ação totalmente dentro da legalidade.” (Alexandre Garcia, em 29/12/2009.)
Comentário: Documentos vazados pelo Wikileaks comprovam que o  EUA  assume ter ocorrido um golpe de Estado ilegal

“Na cobertura da tragédia da TAM, a grande imprensa se portou como devia. [... Ela] foi, honestamente, testando hipóteses, montando um quebra-cabeça que está longe do fim.” (Ali Kamel)
Comentário: Embora a mídia jogasse a responsabilidade pela a tragédia no Governo Lula, o acidente foi causado por falha humana


“Lula ressuscita a CPMF para vingar-se dos que sepultaram o sonho do terceiro mandato.” (Augusto Nunes em 5 de novembro de 2010)
Comentário: Por ser um estadista, Lula sempre respeitou o jogo democrático e nunca visou o terceiro mandato.


“Eu não estou dizendo que Lula é nazista. [...] O que estou dizendo é que Lula e o PT, de modo geral [...] têm sistematicamente recorrido a símbolos e táticas que [o teórico nazista] Carl Schmidt de bom grado aprovaria.” (Bolívar Lamounier, 22/10/2010 Sobre a campanha)
Comentário: A campanha de José Serra para a presidência utilizou redes neonazistas para caluniar a Dilma Rousseff

“Todos os limites foram ultrapassados; não há como o Congresso postergar um processo de impeachment contra Lula. Ou melhor, a favor do Brasil.” (Boris Casoy, “Folha de S. Paulo”, 28 de março de 2006)
Comentário: O mensalão nunca foi provado. O PIG tentou usar o escândalo para golpear o Governo Lula
  
“Duzentas pessoas estão mortas. Elas devem ser somadas às 154 vidas segadas no Boeing da Gol que colidiu com o jato Legacy. Balanço terrível do caos da aviação: 354 vítimas da incompetência, da corrupção, da omissão e do desgoverno.”  ”O presidente é o responsável” (Carlos Alberto Di Franco)
Comentário: Desligamento do transponder pelos pilotos no jato Legacy ocasionou o acidente

Não se pode dizer que o ano foi bom para a economia do Brasil.” (Carlos Alberto Sardenberg, Rádio CBN em 28 de dezembro de 2009) 
Comentário: Em 2009, enquanto os países sofreram grave recessão e cortes de emprego, o Governo Lula continuou a política de geração de empregos. O saldo de empregos foi de 1.765.980

(Lula)… passou seu governo inteiro no palanque, anunciando planos e mais planos, metas e mais metas, inaugurando várias vezes a mesma obra. Uma parte da imprensa simplesmente aderiu ou foi obrigada a isso pelo volume das verbas oficiais de publicidade. A imprensa livre e independente, apesar das reclamações do presidente, sempre cobriu essas atividades, o que ampliou os palanques.(Carlos Alberto Sardenberg, “Lula é o nosso Mao; FHC, o nosso Deng, 21 de dezembro de 2010)

Comentário: 87% de aprovação popular contraria isso. Só se inaugura obras porque elas existem. Quer dizer, o José Serra inaugura maquetes, né? Quer dizer que Sardenberg é independente? Huumm


“A provável reeleição de Lula é sinal de que, para boa parte dos brasileiros, a ética e a honestidade definitivamente deixaram de ser valores em si mesmas, para tornarem-se qualidades subjetivas.” (Cora Rónai, em 28 de setembro de 2006)
Comentário: O PIG mostra não suportar o jogo democrático, muito menos respeitar o voto soberano e o povo brasileiro. 


“Fato é que os Poderes, os partidos, os políticos, as instituições, as entidades organizadas, a sociedade estão todos intimidados, de cócoras ante um mito que se alimenta exatamente da covardiaalheia de apontar o que está errado.” (Dora Kramer, “Uma Nação de Cócoras” 15/10/2009)
Comentário: A dondoca indignada por ninguém escutar seu cacarejar.

“O segundo erro foi tratar como autêntica uma ficha cujaautenticidade, pelas informações hoje disponíveis, não pode ser assegurada – bem como não pode ser descartada.” (Folha de S. Paulo sobre a ficha falsa do DOPS sobre Dilma Rousseff)
Comentário: Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, Bicho Papão e ET de Varginha. A autenticidade desses personagens não pode ser assegurada – bem como não pode ser descartada. 
“E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo.” (Judith Brito, presidente da Associação Nacional de Jornais, em 17 de março de 2010)
Comentário: Estamos esperando os meios de comunicação serem honestos e dizer que são de oposição

“A irritação do presidente Lula com as críticas demonstra adificuldade de conviver com a democracia.” (Marco Antonio Villa, Folha de S. Paulo, 24 de setembro de 2010. Contexto: Lula criticou a imprensa)
Comentário: Como diz o Lula: “Não existe maior censura do que a ideia de que a mídia não pode ser fiscalizada”

“O PT vai pensar com mais cuidado na escolha de seu candidato para a Presidência. Será mesmo a Dilma Rousseff? Se alguém quiser dar nome a um poste, pode chamá-lo de Dilma. Ela nunca foi eleita para um cargo representativo, não tem experiência eleitoral. Como pretendem jogá-la na eleição de 2010, que se anuncia como a mais disputada da história republicana do Brasil?” (Marco Antonio Villa, no “Estado de S. Paulo” 28/10/2008)
Comentário: Uma mulher que lutou contra a ditadura, foi barbaramente torturada, Secretária Municial da Fazenda, Secretária de Minas e Energia, Ministra de Minas e Energia, Ministra da Casa Civil e foi eleita Presidenta do Brasil pode ser considerada um poste?

“Serra foi atingido, sim, por uma bobina de papel crepe (o tal ‘artefato’) que, arremessado com força, pode provocar danos graves na pessoa atingida.” (Merval Pereira, em 24 de outubro de 2010)
Comentário: O fato é que José Serra foi atingido somente uma vez e por uma bolinha de papel, contrariando a versão do PIG.

“Depois de aparelhar o estado por oito anos, numa versão petista de ‘o estado sou eu’, Lula  bradou ontem num comício em Campinas que ‘a opinião pública somos nós’. Do alto de sua popularidade, nosso Luis XIV tropical acha definitivamente quetomou posse do povo brasileiro.” (Lauro Jardim, em 19 de outubro de 2010.)
Comentário: O PIG nervoso por descobrir através do Lula que o povo brasileiro são seres pensantes.

“Se o Serra ganhasse, faríamos uma festa em termos das liberdades.”  (Demétrio Magnoli, 1/3/2010).
Comentário: Que liberdade o Serra prega? A de imprensa?Logo ele que é responsável por demissões de jornalistas eroubo de gravações na CNT?

“Impressionante como a política atrai vagabundo e picareta, aproveitar pelo presidente da república que não vale nada,vai demorar gerações para que o Brasil desfaça o mal que o Lula fez, eu tenho que desmistificar esse picareta que está na presidência da república” (Marcelo Madureira, Manhatan Connection, 03 de outubro de 2010)
Este governo que está aí é um governo autoritário que não perde a oportunidade de mostrar seu autoritarismo” (TV Estadão, 02 de março de 2010)
Comentário: Caceta e Planeta acabou, mesma tática de Tasso Jereissati e César Maia: Ao ficar desempregado, ataque o Lula por toda frustração e impotênciasexual guardada ao longo da vida.

“Dilma não é uma ameaça ao vernáculo ─ mas à segurança nacional. Essa mulher evidentemente não tem a menor condição de representar um único brasileiro ─ sequer seu neto Gabriel, ainda ‘unborn’. (…) No dia em que o Criador, depois da última cinzelada na criatura, ordenou ‘Fala Dilma’, o mito começou a ruir.” (Celso Arnaldo, no site da “Veja”, 16/5/2010)
Comentário: O neto da Dilma nem havia nascido e o PIG já o bombardeou. “O mito começou a ruir”? Só digo isso: Dilma Presidenta.

“Cada vez mais, Lula tem menos chances. A pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira pelo Jornal Nacional mostra que o presidente Lula foi atingido em cheio pelas denúncias.” (Cristiana Lôbo, em artigo no jornal “O Globo” 29/8/2005)
Comentário: Cristiana Lôbo como jornalista é uma ótima vidente. Ops, nem isso!

O Brasil pode não aderir, mas é incapaz de impedir a formação da Alca.” (Eurípedes Alcântara, em artigo na revista “Veja” 15/10/2003)
Comentário: Ministro Celso Amorim disse tudo sobre o Alca: “(…)foi melhor talvez mesmo não ter tido a Alca. A crise nos EUA demonstrou isso. Nós ficamos mais protegidos, tivemos mais liberdade. E pudemos investir numa política Sul-Sul. E nada foi mais importante do que o processo de integração da América do Sul” 

“Em breve, o número de carentes duplicará e o dispêndio com o programa, também.” (Ferreira Gullar, em artigo na “Folha de S. Paulo” 5/7/2009)
Comentário:  A verdade é que mais de 2 milhões de famílias deixaram o programa por ter ascendido socialmente. Vale ressaltar também que nas famílias beneficiadas, há um aumento na frequência escolar e na aprovação. Há também redução trabalho infantil e no abandono escolar
  

“Gripe [suína] pode afetar até 67 milhões no Brasil em até oito semanas. [...] De 3 milhões a 16 milhões desenvolverão algum tipo de complicação a exigir tratamento médico e entre 205 mil e 4,4 milhões precisarão ser hospitalizados.”Helio Schwartzmann, em matéria na “Folha de S. Paulo” 19/7/2009)
Comentário: Documentário estrangeiro (legendado) mostra o quão golpista foi essa  ”Operação Pandemia”

Aécio fecha acordo para ser vice de Serra.” (Kennedy Alencar, em coluna na “Folha de S. Paulo” 17/5/2009)
Comentário: Mais uma barrigada… quer dizer, furo jornalístico.


O governo Lula terminou quando ele não soube ou não pôde enfrentar sem medo o mar de lama do caixa 2 do PT, do mensalão de Delúbio Soares e das falcatruas alimentadas pelo loteamento de cargos públicos.” (Lucia Hippolito, em artigo no “Globo” 2005)
Comentário: Será que a Lucia Hippolito também estava bêbada ao escrever? (Youtube)

“Lula, o Lírico da Marolinha, deveria se desculpar pela besteira que falou. O efeito da crise no Brasil, no que concerne ao emprego (ver um dos posts abaixo),  está mais perto mesmo de uma tsunami.” (Reinaldo Azevedo, em post no site da “Veja” 14/1/2009).
Comentário: Mais uma vez terei de citar, o que houve foi um tsunami de empregos. Em 2009, enquanto os países sofreram grave recessão e cortes de emprego, o Governo Lula continuou a política de geração de empregos. O saldo de empregos foi de 1.765.980
“Vocês viram essa? Lula, ao deixar a Presidência, quer escrever de vez em quando. Sim, vocês leram direito: escrever” (Ricardo Setti, Veja, 28 de outubro de 2010)
Comentário: Silvio Santos (empresário) não cursou ensino superior. Bill Gates (empresário – Microsoft), Michael Dell (empresário – Dell) e Steve Jobs (empresário – Apple) não concluíram o ensino superior. Por que não cobram dos milionários?  O PIG se mata de inveja, não conseguem aceitar que Lula é “O Cara”.

“Por que devemos curvar-nos ante a magnificência presidencial de um pervertido que se gaba de ter tentado estuprar um companheiro de cela e diz sentir nostalgia do tempo em que os meninos do Nordeste tinham – se é que tinham – relações sexuais com cabritas e jumentas?” (Olavo de Carvalho, Diário do Comércio 20/12/2010)
Comentário: Como todos sabemos, a história do estupro é falsa. Mas o Olavo de Carvalho com certeza ganhou o troféu de FILHO DA P* do ano com esse comentário.

“(…) com Lula no poder o Brasil tornou-se, de forma premeditada, um dos países mais corruptos do mundo, onde a população se deixa escravizar seis meses ao ano para, entre outras mazelas, financiar o incontrolável aparelhamento da máquina pública, a bilionária propaganda enganosa, os “movimentos sociais” criminosos, as incontáveis ONGs parasitárias, o fausto palaciano, os partidos políticos de aluguel, programas sociais fraudulentos, etc., para não falar no enriquecimento súbito e milionário de amigos e familiares” (Ipojuca Pontes, “Lula, o filho do Mal” 21 setembro de 2009)
Comentário: Como vocês veem, o Brasil é o pior lugar do mundo para se morar.

“É óbvio também que ao longo dos últimos anos os fatos se impuseram, de maneira impiedosa, aos que elogiaram a política externa de Lula como um de seus grandes feitos. Quem sabe perdeu-se muito tempo à procura do ponto G.” (William Waack, Globo, 29 de junho de 2007)

Comentário: Saiu no jornal alemão Der Spiegel: “Lula salta para a Grande Liga da diplomacia mundial“. Quem tem credibilidade? 
A biografia de Lula será escrita nos tribunais. O julgamento histórico de seus oito anos no poder estará estampado numa série de inquéritos penais.” (Diogo Mainardi, Veja, 20 de março de 2010)
Comentário: A biografia do Lula está concorrendo ao Oscar.

“Sobre o livro ‘Lula, minha anta‘, no caso é anta substantivo e não adjetivo. Eu não tenho grande apreço pelo intelecto do presidente mas nesse caso é animal de caça, eu caçei esse bicho durante 2 anos e ele conseguiu fugir” (Diogo Mainardi, no Programa do Jô)
Na única vez que fiquei ao lado do Lula, eu cometi um ato criminoso. Isso deve ser um indicativo de alguma coisa” (Diogo Mainardi, no Programa do Jô falando que participou de uma greve”)
Comentário: Mainardi como todos sabem, sofre de inveja crônica. Além disso, é citado pelo Nassif como lobista de Daniel Dantas.

“A chamada política nacional dos direitos humanos do governo Lula põe fim à liberdade de expressão e opinião dos meios de comunicação e de pesquisa científica. Ainda dá um chute no balde de nossa galinha dos ovos de ouro, o agronegócio. Comparadas com isso aí, as reformas de base de João Goulart que levaram os militares ao poder em 64 é café pequeno, mas hoje o presidente assina sem ler, a oposição também não lê e os militares, bem, alguém sabe por onde anda os militares?” (José Nêumanne Pinto, SBT)
Comentário: Por um momento pensei que Nêumanne estivesse convocando um golpe militar. É incrível como o PIG que prega “liberdade de imprensa” e ao mesmo tempo adora uma ditadura.

Dilma parece estar no seu inferno astral. Além da radioterapia, ela enfrenta a entrada em cena de Marina, o empate com Ciro nas pesquisas, o envolvimento desgastante de Lula e do PT com a defesa de Sarney e, enfim, a cristalização da imagem de mentirosa (diploma, dossiê contra FHC, embate com Lina Vieira, versões divergentes de sua ação no caso Varig)” (Eliane Cantanhêde, Pulverização Governista, agosto de 2009)
Comentário: Lina Vieira é casada com ex-ministro de FHC esuspeita de tráfico de influência e prevaricação. Dilma Rousseff, a presidenta do Brasil, é a mentirosa?

“O governo tem que ter um plano para enfrentar a recessão. (…) Oproblema da tese da marolinha é que ela foi um diagnóstico errado e quando o governo erra no diagnóstico, ele não vê o que está realmente acontecendo na economia. (…)” (Miriam Leitão, no Bom Dia Brasil (Globo) em 2009)

Comentário: Chega a ser cômico as análises da Miriam Leitão, só para citar: “Brasil ganha nota máxima em medição da reação à crise” e “Brasil recebe elogios por reação à crise global”. Mais uma barrigada do PIG.

“OK, NINGUÉM É perfeito. Mas por um momento Obama nos pareceu a pessoa mais perfeita do mundo; aquele presidente que adoraríamos ter. Mas pouco tempo passou para ele dar uma pisada de bola. Foi quando disse, de maneira elogiosa, que Lula era o “cara”. Tudo bem, ele não pode saber de tudo o que acontece no Brasil, mas para isso tem 500 assessores que deveriam contar as barbaridades que o nosso presidente diz -e permite que façam.” (Danuza Leão, Folha de São Paulo, 12 de abril de 2009)
Comentário: É o famoso”complexo de vira-latas”, o que vem de fora é melhor. O PIG acha tudo de fora bonitinho, já o que é brasileiro é ruim. Veja o discurso histórico de Lula sobre isso (Youtube)

“A idéia de comemorar as bodas de pérola com uma festa caipira não podia ter sido pior. O Brasil tem tantos regionalismos bacanas, uma culinária riquíssima, várias maneiras de ser cheias de ginga e charme que deslumbram o mundo inteiro, e o presidente e dona Marisa Letícia vão escolher logo uma caipirada dessas?”(Danuza Leão, 15 de junho de 2004)
Comentário: O PIG possui um ódio enorme do povo brasileiro e de sua cultura.

“Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos. Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes , as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo. Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações.
Comentário: Olavo de Carvalho chama o Lula de pervertido e estuprador, já Jabor chama de psicopata. Essa é a ética do PIG

Lula deve desculpas a Serra. Chamou-o de mentiroso sem ver os vídeos que reconstituem o incidente. Se os tivesse visto, não teria mentido, pois só uma pessoa desonesta (e as houve, muitas) não via que retratavam dois episódios, distintos. Serra foi atingido duas vezes, por uma bola de papel e por um objeto mais pesado. A entrada de Nosso Guia [Lula] no debate foi um golpe desleal, demagógico. Se tivesse ocorrido um “dia da farsa”, com Serra simulando uma agressão, teria havido uma malfeitoria de candidato. Infelizmente o farsante foi Lula” (Elio Gaspari, 24 de outubro de 2010)
Comentário: O Indio da Costa deve estar certo então: “Eu estava ao lado do Serra quando aquele pacote enorme bateu na cabeça dele e fez até barulho, tinha 2kg. Veio numa velocidade enorme” Um OVNI

“(…) antes de mais nada, é a popularização do automóvel, hojequalquer miserável já tem um carro. (…) Essa popularização do automóvel é resultado deste governo espúrio que popularizou por crédito fácil o carro para quem nunca tinha lido um livro” (Luiz Carlos Prates, comentando sobre acidentes trânsito na RBS, 2010)
Comentário: Para o PIG, pessoas de classe social mais baixa não podem ter carro. Não deveria nem ficar no mesmo ambiente das pessoas ricas. Será que só pobres causam acidentes? “Juíza, com suspeita de embriaguez, foge de blitz policial e bate em 8 carros em Porto Alegre”


“Como se sabe, o PAC é uma criação literária de razoável sucesso. Sob seu condão, até dragagem de lodo virou aceleração do crescimento. O PAC é tudo. Conseqüentemente, não é nada. E um centavo de nada também é nada. Nada mais apropriado do que um ministro (Mantega) abstrato dando uma declaração contundente sobre um programa abstrato, a mando da Mãe do PAC – a abstração em pessoa – e tudo sendo dissolvido em uma frase por Lula, o concreto. Agora, anunciando que continuará concreto a partir de janeiro. Lula 12 anos. Se dá certo com uísque, por que ele também não pode envelhecer sem sair da garrafa?” (Guilherme Fiuza, portal EXAME, 8 de dezembro de 2010)
Comentário: O próprio PIG diz que o PAC concluiu 82% das obras previstas para 2010 com investimento de 619 bilhões de reais. O PIG necessita de coordenação, ou o PAC existe ou não. Assim os colOnistas terão um piriPAC.

Segundo Lula, as “elites” querem os pobres e os negros fora das universidades. Que pessoas integram essas elites?(…) As “elites”, afirma o presidente, são também contrárias aos programas de transferência de renda e, de modo geral, aos programas sociais. Mais uma vez: quem se opõe, de fato, a esses programas? (…) Ele comete um pecado mais grave que o da imprecisão quando se refere, por exemplo, a defensores da privatização do Banco do Brasil. Quem defendeu essa privatização? Qual de seus concorrentes políticos propôs a venda desse banco ou da Caixa Econômica Federal? (Rolf Kuntz, “Lula, Chávez e seus preciosos inimigos”, 12 de novembro de 2009)
Comentário: DEM entra com Ação no STF contra o ProUniPSDB e DEM defendem as privatizaçõesOposição chama Bolsa Família de Bolsa Esmola. Será que responde?

“Vejamos, agora, onde o Influente (Lula), de fato, influenciou. Ele influenciou a decisão brasileira de não declarar as narco-guerrilheiras Farc como organizações terroristas. Ele influenciou a eleição de Evo Morales que fez campanha anunciando que agiria contra a presença da Petrobras na Bolívia. Ele influenciou a eleição de Lugo, que fez campanha anunciando que agiria contra o acordo com o Brasil em Itaipu. Ele influenciou a OEA a favor da readmissão de Cuba na organização e, dias depois, influenciou a decisão da OEA contra a destituição do golpista Manoel Zelaya em Honduras. Elesistematicamente protege regimes de esquerda quando são votadas, em organismos internacionais, moções de repúdio a violações de direitos humanos. Visitou e recebeu afetuosamente todos os ditadores do planeta. Ele é o Influente. Ele é o cara.” (Percival Puggina, “O Influente”, Zero Hora, 03 de janeiro de 2010)
Comentário: E o Lula foi premiado pelo Le Monde como o “Homem do Ano 2009″. Só o PIG acha ruim

“Em nome da conquista do poder, todos se calaram. O MST entrou no jogo, mas está saindo. E o barril pode explodir” (Denis Rosenfield, Veja, 23 de julho de 2003)


Comentário: Cadê a explosão?

Extraído de: http://aldeia-gaulesa.blogspot.com/2010/12/selecao-de-besteiras-da-midia-golpista.html

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Vereadores de Porto Alegre querem privatizar a saúde do município

No apagar das luzes de 2010, nossos vereadores de Porto Alegre ensaiam mais um golpe contra a democracia e o interesse público. Por 16 votos a 12, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre  conseguiu aprovar um pedido de urgência para a votação  do projeto encaminhado pelo líder do governo, vereador João Dib (PP), que institui  uma Fundação de Direito Privado dentro da Secretaria Municipal de Saúde, denominado "Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família - IMESF".

A votação ficou marcada para o próximo dia 30/12, e está sendo encaminhada a "toque de caixa" pelos governistas, que estão interessados em não debater com a população o projeto.

Amanhã (28/12), às 10h, haverá uma audiência pública no Conselho Municipal de Saúde (Av. Borges de Medeiros, 1501), para elucidar o projeto e mostrar as consequências que a aprovação desta fundação trará para a saúde dos portoalegrenses, quem puder esteja lá,
abraços

Mais informações:  http://naoafundacao.blogspot.com/

sábado, 25 de dezembro de 2010

A comida não pode ser barata? Para a Farsul, não

 Fonte: http://diarioliberdade.org/
MST - [Antonio Cechin e Jacques Távora Alfonsin] "A sociedade tem de aceitar que a época da comida barata acabou" Assim, o presidente da Farsul resumiu sua opinião sobre o preço da comida, na edição de sexta-feira (17), do jornal Zero Hora.

Para quem ainda passa fome no Brasil, é difícil recordar quando, no passado, a comida foi barata. Em todo o caso, tratando aquela aopinião de uma necessidade vital das pessoas, como é a de se alimentar, é conveniente analisar-se o dito no que ele pode revelar sobre as causas de uma injustiça social como essa, pois, pelo jeito, não temos saída e estamos condenados a aceitá-la.

Segundo essa maneira de pensar, cabe uma comparação. Entre o possível prejuízo que a fração de empresários representada pela tal liderança possa ter na venda do indispensável à vida das pessoas, e o que essas possam sofrer por não poderem pagar o que lhes mata a fome, quem não pode sair perdendo é o dono do capital (nem sempre identificado, em tudo, com o "produtor rural", a economia familiar que o comprove), pois, em todo o contexto explicativo da entrevista, a "comida barata" aparece como prejuízo certo desse personagem.

Como o mercado, onde esse capital se alimenta de dinheiro e não de comida, é um ente abstrato, de humor desconhecido, refletido em expressões tão grandiloqüentes quanto aleatórias do tipo "crise da economia mundial", "excesso de demanda", "defesa da liberdade de iniciativa econômica", "globalização", as causas dos perversos efeitos da previsão feita pelo presidente da Farsul geralmente ficam isentas de qualquer investigação sancionatória, inclusive do ponto de vista jurídico.

A "mão invisível" (Adam Smith) dos seus ciclos econômicos de crise, exploração da natureza e das gentes, trata de imunizá-lo.

Algumas mãos visíveis de defesa desse tipo de irresponsabilidade, todavia, podem ser identificadas, como prova a afirmação categórica do ministro da agricultura, publicada na mesma edição de ZH, segundo a qual "índices de produtividade é assunto encerrado."

Ali aparece, novamente, o porque de se encerrar esse assunto: "Quem deve definir o que, como e quando o produtor brasileiro vai produzir é o mercado, a visão que ele tem de oportunidades de negócios, perspectivas de preço, demanda do mercado interno e internacional. Não pode ser um ato autoritário, de cima para baixo, dizendo que tem de produzir com tais índices de produtividade. Não é assim que se faz".

Entre o que a sociedade, portanto, "tem de aceitar" como diz o presidente da Farsul, e a forma como essa aceitação deve ser feita ("assunto encerrado", "não é assim que se faz"...), como diz o ministro da agricultura, o Estado, a democracia, os Poderes Públicos, o ordenamento jurídico não têm que dar palpite nem se meter.
A lei e o direito, assim, não têm voz nenhuma aí. Quem deve mandar sobre o que deve se produzir "é o mercado", "as oportunidades de negócios", as "perspectivas de preços", somente o dinheiro, em última análise.

Poucas vezes se reconheceu, com tanta clareza e pelas vozes dos seus mais fiéis representes, onde se encontra, efetivamente, o "ato autoritário, de cima para baixo", a que faz referência o ministro da agricultura. Ele desce do mercado e é indiscutível, fatal, como ato caracteristico de toda ditadura. A/o pobre faminta/o que se submeta a esse ente-ídolo capaz de ditar o que, como, quando e quanto ele deve comer. Não é por acaso, portanto, que acabe morrendo de fome. O Estado e a democracia prossigam fingindo terem o poder de garantir a vida e a liberdade do povo pobre.

Haja fome, então, para suportar uma opressão a esse nível. Ela comprova a maior contradição presente em todo o nosso sistema econômico. Justamente quando a produção rural conquista quantidades de alimento mais do que suficientes para alimentar o povo todo, o chamado "preço de mercado" cai a níveis tão baixos, que somente a retenção dessas quantidades consegue cobrir o custo da produção, seja o real, seja o inventado por quem sabe manipular dados a favor do seu lucro. Aí o Estado deixa de ser o vilão e passa a ser a solução...

Não é preciso ser economista para compreender onde tudo isso vai dar. Esse ar de fatalidade, no qual se inspiram as opiniões das referidas lideranças, não é igual ao do clima, corriqueiramente invocado em favor das alegadas dificuldades pelas quais passam os seus liderados. Que a freqüência desse repetido queixume já alcançou status de segunda natureza, isso não dá para negar, pois não há ano em que ele não repita o seu choro.

Quanto cinismo e hipocrisia se refletem, pois, quando o respeito à lei, especialmente a da segurança nacional, é invocado com veemência, por essas lideranças, sempre que o povo necessitado de casa e comida toma em suas próprias mãos a iniciativa de proclamar que o tal respeito só vale, de fato e materialmente, em favor de minorias historicamente protegidas por uma ideologia sem outras referências que não as da propriedade e as do mercado.

Se o destinatário de algumas vantagens previstas em lei é a/o pobre, elas ignoram e desprezam a lei. Essa exige, por exemplo, o cumprimento da função sal da propriedade, "em prol do bem coletivo", das "necessidades dos cidadãos", da "erradicação da pobreza", de "direitos humanos fundamentais", expressões que não faltam na Constituição Federal, no Estatuto da Terra e no Estatuto da Cidade, entre outras regras jurídicas. Aí, o seu efeito material, concreto, é igual a zero, já que o mercado, pelo menos o refletido nas opiniões publicadas pela ZH, não precisa se preocupar com isso.

O direito à alimentação, por exemplo, somente entrou expressamente na Constituição em fevereiro deste ano (Emenda 64), como se a satisfação de uma necessidade vital como essa, de tão desrespeitada no país, tivesse necessidade de se proclamar em lei, para ser reconhecida como direito. Muito antes, os tratados internacionais que o Brasil assinou, como o dos direitos econômicos, sociais e culturais de 1966, já vinculavam o nosso país, inclusive, à reforma agrária capaz de, no mínimo, atenuar as danosas conseqüências da comida cara.

Os conceitos de "soberania alimentar" e de "segurança alimentar", capazes de dar sustentação a direitos fundamentais de todo o povo, garantindo-lhe presidir o que plantar, colher, criar e abater, sem correr o risco da fome, pela falta de acesso à terra, devem inverter os sentidos das lições ditadas pelo presidente da Farsul e pelo ministro da agricultura. O primeiro "tem de aceitar" e o segundo não pode "encerrar assunto" que envolva direitos como os que as suas opiniões desconsideram.

O "realismo econômico" da comida cara, sem outro remédio, previsto por eles, se está sendo pelo menos mitigado nos seus danosos efeitos sociais, isso não se deveu ao mercado, lá erguido à panacéia dos nossos males, mas sim aos assentamentos gerados pela reforma agrária, pelo menos os que deram certo justamente por obedecer à outra lógica que não a exclusiva do mercado. Não foi este também que presidiu a política pública de implantação do fome zero e do bolsa família.

Se existem mais brasileiros saciados, hoje, não devem isso ao mercado. Felizmente, há uma outra economia em curso, familiar, solidária, cooperativa, diferente dessa que acumula na mão de poucos o que falta na mesa de muitos.

É por isso que a reforma agrária, esses assentamentos e essas políticas públicas recebem críticas tão ácidas das lideranças latifundiárias e daquelas que, no exercício do Poder Público, lhes são fiéis. "Paternalismos oficiais", "favelas rurais" costumam aparecer sustentando essas críticas.

É que o ídolo ao pé do qual elas se ajoelham, rezam e acendem velas diárias de adoração, não aceita outra forma de produção, distribuição e partilha dos bens indispensáveis à vida das pessoas que não passe pelo seu poder de exclusão, medido de acordo com a capacidade de pagar que cada uma dessas tenha alcançado.

Aquela outra economia sabe que o dinheiro não se come, nem impõe um "ter de aceitar" ou um "assunto encerrado" prepotentes e anti-democráticos como os publicados pela ZH do dia 17. Os direitos e os interesses alheios não lhe são estranhos ou, até, hostis. O que ela mais deseja é a suficiência para todas/os e não somente para um pequeno grupo. Está a serviço de uma justiça social capaz de produzir comida e mesa fartas onde ninguém se assente constrangido pela dor de saber-se estranho à comum união.

*Antonio Cechin é irmão marista, miltante dos movimentos sociais, autor do livro Empoderamento Popular. Uma pedagogia de libertação. Porto Alegre: Estef, 2010; Jacques Tavora Alfonsin, advogado do MST e procurador aposentado do Estado do Rio Grande do Sul.

Mercedes Sosa - Solo le Pido a Dios

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Stédile e os dilemas dos movimentos sociais


Reproduzo entrevista publicada no sítio da Adital:

"Estamos em um período de resistência, de acúmulo de forças, para que num próximo período histórico, que espero seja em breve, a classe consiga retomar a iniciativa de lutas de massa, acumular forças e partir para a ofensiva política. Nesse novo período de retomada das lutas, surgem novas formas de luta, novos instrumentos e novas lideranças. Anotem e verás!", alerta João Pedro Stédile, fundador e líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST -, em entrevista publicada pelo sítio Porradão, em 17-12-2010. Eis a entrevista:

Quem é João Pedro Stédile?

Sou um ativista social. Um militante da causa da reforma agrária e da justiça social no Brasil. Como me criei no interior, em uma família de descendentes de camponeses migrantes do norte da Itália que vieram para o Sul, tive uma formação cultural ligada a esse ambiente camponês, formada por migrantes, de vivência no interior.

Como chegou à liderança do movimento?

Na cultura de camponeses pobres migrantes, sempre houve dois pilares na formação dos seus filhos: trabalho e estudo. E foi assim que consegui, desde criança, com muito trabalho, estudar e me formei em economia na Universidade Católica do Rio Grande do Sul. E desde cedo me envolvi nas lutas contra a ditadura militar e nas lutas sindicais camponesas na minha região de agricultores da uva. Depois me envolvi nas lutas pela terra, que deram origem ao MST, onde estou militando até hoje.

Dizem que o MST é o movimento social mais importante do Brasil. Você não acha isso um exagero?

Claro que é exagero. Nós não gostamos de colocar adjetivos no nosso movimento nem em ninguém. O povo desenvolve ao longo da historia várias formas de luta e instrumentos de organização (seja sindicato, associações, movimentos, partidos, organizações sociais, etc.) e forja seus líderes e suas propostas.

O MST é apenas uma etapa dessa longa história da classe trabalhadora brasileira e, em particular, do campesinato pobre. Somos herdeiros das lutas e das formas de organização de outros tempos, desde os Quilombolas, as lutas messiânicas de Canudos e Contestado, e também das revoltas sociais do século XIX. No século XX, somos herdeiros das Ligas Camponesas do Nordeste, das Uniões de Lavradores, que o partido comunista organizava, e do Master, organizado pela esquerda do PTB - além das várias formas de luta social que as igrejas cristãs ajudaram a organizar.

A ligação do MST com a esquerda não é sequer assunto, a ligação direta com o PT também não. Mas a pergunta é: quando o MST vai virar um partido político formal?

Ser de esquerda, no conceito clássico ideológico, são todas as organizações sociais que lutam por mudanças sociais, radicais, na construção de sociedades mais justas e igualitárias. Para isso, tratam de organizar o povo para lutar, pois sem luta não há mudança social. Por isso, quem apenas defende idéias, sozinho, sem se preocupar com organizar o povo, acaba sendo idealista, individualista apenas. Por mais que pense que é de esquerda...

Por isso, o MST é de esquerda. Não precisa se vincular com ninguém, já é de esquerda. Existe no Brasil muita confusão, preconceito e ignorância, em relação às diferentes formas de organização do povo. O MST é de esquerda e ajuda a organizar o povo, para conquistar terra, liberdade, direitos. Assim, construir uma sociedade mais justa, democrática e com igualdade. Essas tarefas são de qualquer organização social dos trabalhadores. Não apenas de partido.

Os partidos que defendem transformações na sociedade têm outras funções para alcançar os mesmos objetivos, que pode ser disputar cargos públicos e a hegemonia no Estado, e pode também organizar politicamente o povo, para disputar o poder político. O que falta no Brasil é os partidos terem mais clareza de suas funções e mais coerência na defesa dos interesses da classe trabalhadora. Nesses tempos de crise ideológica, os partidos são usados por pessoas, que querem apenas cargos e projeção pessoal, que são os desvios do oportunismo e do carreirismo. Mas isso será superado quando tivermos um reascenso, um novo ciclo de lutas do movimento de massas, que vai varrer para a lata de lixo da histórias todos esses oportunistas.

É natural que exista desgastes na relação interna do MST pelo fato de muitos do quadro serem ligados a partidos ou correntes. Você acha isso natural ou acha que esses rachas podem ser evitados?

No MST, há uma centralidade de que todos os seus militantes priorizam a luta pela reforma agrária. Quando alguém tem vocação ou representatividade política e resolve atuar em um partido político eleitoral, tem toda a liberdade, mas precisa sair das instâncias de direção do movimento.

Nunca tivemos problemas de dissidências ou rachas, porque houve qualquer apoio partidário, por que sempre é decidido pela maioria na base. Quanto às decisões dentro do MST, procuramos desenvolver uma metodologia, em que as decisões representam uma ampla maioria de nossa base e da militância. Quando um tema não tem ampla maioria, é preferível esperar um pouco mais e amadurecer em relação à posição. Assim garantimos a democracia da maioria em mais de 25 anos de história.

Com a entrada do PT no governo, muitas instituições e sindicatos passaram a flexibilizar seus discursos, ou mesmos cessaram suas reivindicações. O próprio MST apesar de ter promovido ocupações, parece-me que em número modesto. Qual a razão disso? Os movimentos foram cooptados ou contemplados?

Não acredito que os movimentos socais foram cooptados e nem contemplados após a vitória do governo Lula. O que acontece é que estamos vivendo um período da história da luta de classes, a partir de 1990, que se caracteriza pelo descenso do movimento de massas em geral. A última greve geral foi em 1988. E o Lula ganhou em 2002.

A última grande campanha de massas no Brasil foram as "Diretas Já". Mesmo a campanha de derrocada do Collor, em 92, foi articulada pela Globo. Não foi um legítimo movimento de massas da classe. No caso do MST, nossas ocupações não diminuíram. Basta olhar as estatísticas da UNESP. O problema é que a classe trabalhadora está em descenso, em um momento de derrota política e ideológica. Nesse quadro, as ocupações não têm o mesmo impacto do passado.

Estamos em um período de resistência, de acúmulo de forças, para que num próximo período histórico, que espero seja em breve, a classe consiga retomar a iniciativa de lutas de massa, acumular forças e partir para a ofensiva política. Nesse novo período de retomada das lutas, surgem novas formas de luta, novos instrumentos e novas lideranças. Anotem e verás!

A luta de classes acontece na forma de ondas históricas, alternando períodos de ascenso do movimento de massas (com disputas de projetos, que podem resultar em situações pré-revolucionárias) e períodos de derrota, que se formam descensos e depois períodos de resistência, para acumular para reascenso.

Agora, estamos na resistência para acumular forças.

Durante muito tempo o MST virou moda, muitos intelectuais pregavam e reproduziam seu discurso, inclusive. Hoje o MST tem gerado ódio de muitas partes das sociedade. A que se deve isso?

O que frei Betto diz em relação a Cuba se aplica ao MST: comparando o paraíso, purgatório e inferno. Para a burguesia brasileira, o MST é o inferno, nos odeiam, nos chamam de bandidos e pregam a cadeia para os sem-terra.

Para a classe média brasileira, como sempre, em cima do muro, eles dizem que concordam com a democratização da terra, com a reforma agrária, mas discordam dos métodos do MST, que consideram violentos - como se esperar em casa sentado fosse solução. A classe média tem medo de quem se mobiliza, porque ela é o símbolo do individualismo. E ela consegue resolver sozinha qualquer problema social, apenas porque ganha bem. A classe média nos vê como um purgatório necessário na análise do frei Betto.

Já para a classe trabalhadora e para os pobres, o MST é um símbolo positivo, de organização, força e coragem. O MST só existe porque os trabalhadores, os pobres, e suas formas de organização nos apoiam e sustentam. Portanto, para eles nós somos a solução, o paraíso. E por isso nos ajudam e nos admiram. E claro, os intelectuais identificados com as idéias da esquerda também nos defendem e nos ajudam. Os partidos e formas de organização autênticos da classe trabalhadora também. Nós podemos perceber, inclusive, agora nas eleições. Os candidatos claramente identificados com o MST foram muito bem votados, e elegemos uma boa bancada.

Tem um lado positivo quando o Serra ridiculariza o nosso boné e nos ameaça. Isso ajudou os trabalhadores a entender que o papel da burguesia era demonizar o MST. Se o MST é o demônio para a burguesia, com sinal trocado, será o anjo para os trabalhadores pobres.

Claro que com isso o Serra ganhou os votos dos latifundiários, do agronegócio, como aparece claramente no mapa geográfico. Mas a Dilma aumentou seu apoio entre os trabalhadores e os sem-terra. A opinião sobre o MST não tem relação aos nossos méritos ou pecados, mas dependerá da posição de classe, de quem nos julga. E assim acontece o mesmo quando há lutas sociais nas favelas e com a juventude pobre. A burguesia e sua imprensa odeia, demoniza. Já os pobres gostam.

Apesar de você sustentar que a luta pela reforma agrária se dá no campo, a cada dia o MST tem cada vez mais se articulado com os movimentos da cidade. Vocês foram empurrados para essa lógica ou mudaram a estratégia?

Claro. O capital é que nos empurrou para essa lógica e criou uma consciência de classe entre os camponeses pobres, que ainda não tinham. Por quê? Antigamente quem era dono das terras eram os latifundiários, coronéis do interior. Mesmo no Ceará, quem era dono das terras? Meia dúzia de coronéis do sertão, que moravam lá inclusive. Hoje quem é dono das melhores terras do Ceará? Os grupos econômicos, os Jereissatis da vida, as empresas de camarão, de irrigação, ligadas ao capital estrangeiro. A agricultura brasileira foi tomada pelo grande capital.

Mais do que nunca, agora a luta pela reforma agrária é uma luta pela disputa do território, da democratização da terra, enfrentando as grandes empresas e seus bancos. E ao mesmo tempo é uma disputa entre dois modelos de produção agrícola. O modelo predador do agronegócio, que expulsa mão de obra, usa máquinas, venenos e sementes transgênicas para ganhar dinheiro exportando, e de outro lado o modelo de agricultura familiar camponesa, para produzir com técnicas agroecológicas, os alimentos para o mercado interno.

Nessa luta, os camponeses sozinhos não tem força para derrotar a força do capital. Só com uma grande aliança entre todas as forças sociais e todas as formas de lutas populares, poderemos construir outro modelo econômico na sociedade e no meio rural.

Daí a necessidade de uma grande aliança de classe, entre todos os trabalhadores brasileiros, todos os pobres e excluídos. Todos juntos contra o capital, em especial as empresas transnacionais e os bancos, que são os grandes espoliadores capitalistas do momento.

Durante alguns anos o MST foi inspiração como força de esquerda, hoje alguns agrupamentos políticos já taxam o movimento de chapa branca, apêndice do governo e reformista. Você concorda em parte?

Os julgamentos do MST não têm ligação com a nossa política, mas mudam de acordo com a visão e posição de classe de quem nos julga. Muitos setores pequeno-burgueses, de vertente ideológica trotskistas, nos chamam de chapa branca... É muito fácil fazer isso nos bares, em artigos de internet, em debates políticos de salão ou nas universidades.

Mas perguntamos a eles: quantos sindicatos de trabalhadores vocês organizaram? Quantas lutas sociais organizaram? Quantos votos, enfim, conseguiram ter entre os trabalhadores?

Em nossas lutas, ocupações de terra e caminhadas e nos enfrentamentos que temos tido com as empresas transnacionais, nunca vemos esses "nobres revolucionários", que devem estar muito ocupados com a luta interna e criticando os outros.

Aliás, na história já temos muito exemplos desse tipo de comportamento, que são muito radicais na teoria e depois quando alcançam algum cargo público, ou oportunidade de poder, se transformam...

E quando as críticas são apenas ideológicas, eles tem todo direito de fazê-las, mas saibam que não estamos nem um pouco preocupados... Estamos preocupados em seguir o nosso trabalho de organizar o povo, de organizar luta social, para construir uma sociedade com democracia e igualdade. A história dirá quem contribuirá melhor para esse processo.

Por várias vezes o MST tomou atitude de ação direta, como invadir laboratórios, queimar plantações, fechar rodovias, etc. Na sua opinião em que isso contribui para educar e sensibilizar politicamente a população sobre esse tema que é sua bandeira?

Essas formas de lutas sociais de protesto mais contundente são fruto do amadurecimento da percepção de quem são os nossos verdadeiros inimigos e de como agem. A partir dessa análise, as bases tomam essas decisões de protestar de forma veemente.

O objetivo desses protestos é denunciar para a sociedade o mal que essas empresas causam para o meio ambiente, para o povo, e que seus interesses são apenas o lucro.

Às vezes, a população não consegue entender na hora, porque as empresas reagem usando toda sua força nos meios de comunicação de massa, que controlam, para jogar a população contra os trabalhadores, mas depois o povo vai se dando conta.

Quais símbolos brasileiros você considera os inimigos do MST?

Os inimigos do MST são os inimigos do povo brasileiro. Hoje as principais classes espoliadoras do povo brasileiro são os banqueiros, as empresas transnacionais, grandes empresas brasileiras espoliadoras e os latifundiários. E, naturalmente, essas classes têm suas formas de organização política, de classe e seus representantes partidários. Na última eleição, o Serra foi seu representante máximo. Esses inimigos alimentam também os setores mais reacionários ideologicamente para tentar manipular o povo, com o conservadorismo religioso, a Opus Dei, a TFP e as articulações dos fazendeiros.

Também seus defensores na mídia e seus jornalistas de aluguel, que ganham fortunas para mentir todos os dias e vender ilusões para o povo. Esses são os inimigos do povo e do MST, que vão se opor a qualquer possibilidade de construção de uma sociedade sem pobreza e sem desigualdade social, para que continuem concentrando a propriedade das fábricas, do dinheiro, das terras, dos bens da natureza e da mídia cada vez mais.

Um dia assistindo o programa Globo Ecologia, Rede Globo, vi uma matéria sobre agricultura familiar em assentamentos do MST, e em uma de suas palestras, você acusou a mídia de defender o agronegócio e o latifúndio. Qual sua visão sobre a mídia no Brasil?

A mídia se transformou no principal instrumento de dominação ideológica, de reprodução das idéias da burguesia na sociedade e de fazer a luta de classes. A mídia no Brasil está concentrada em seis ou sete grupos econômicos, que além de visar o lucro, constroem a hegemonia completa da burguesia. Para isso, usam esse instrumento contra os trabalhadores, contra qualquer luta social, contra qualquer problema,contra as lideranças dos trabalhadores. Por outro lado, protegem os interesses do capital e de seus líderes.

Na ultima eleição, não só foi clara essa postura, como foi vergonhoso o papel da mídia, de tanta hipocrisia e o cinismo. Depois que a Dilma ganhou, correram para puxar seu saco, pensando nas benesses do poder e nas verbas de publicidade do governo federal. Independente disso, seguirão com sua sanha de combater diariamente todas as formas de organização e de luta social.

O mundo do campo tem valores e símbolos próprios, como está sendo lidar com uma nova geração jovem que chega ao movimento trazendo questões, como homossexualidade, drogas, estéticas e valores diferentes dos tradicionais da base social do movimento?

O mundo rural, embora definido territorialmente, está cada vez mais urbanizado, no sentido de valores e da cultura, influenciado pela televisão e pela sociedade em geral. Com isso, todas as questões sociais que acontecem na cidade também acontecem no campo. Mas acho que no campo podemos compreender e enfrentar melhor algumas questões com a participação mais ativa das famílias da comunidade, criando oportunidades para que os jovens possam estudar.

O MST faz alguma coisa para que os jovens do campo tenham as mesmas oportunidades as quais os jovens têm acesso?

O MST vem se esforçando para criar oportunidades para que os jovens do campo estudem em todos os níveis e, sobretudo, tenham acesso à universidade. Nós temos convênios com mais de 40 universidades em todo o país e mais de três mil militantes jovens estão fazendo curso superior.

O crack está prometendo devastar o Brasil e já chegou no campo com certa força. O MST tem projeto ou pensa em forma de evitar que o crack avance nessa região?

Felizmente, não chegou ao campo com a mesma abrangência da cidade. Estamos muito preocupados e pensamos em nos articular com os movimentos sociais da cidade para desenvolvermos uma grande campanha nacional contra as drogas e contra o crack para salvar nossos jovens.

Há pouco tempo o MST encarou uma CPI que prometia destruir o movimento. Considerando que muitas outras foram abertas, você acha esse pedido natural?

Durante os oito anos do governo Lula, a direita parlamentar montou três CPIs contra o nosso movimento. A primeira era para analisar os problemas da terra, mas se voltou só contra os sem-terra. A segunda era para analisar as ONGs que atuam na Amazônia, e quebraram todos os sigilos bancários, fiscais, telefônicos e de internet de todas as entidades da reforma agrária. Por último, por conta do protesto na Cutrale, montaram mais um circo para investigar o MST.

São armadilhas, artimanhas da burguesia, que usa o Judiciário, o Parlamento e mídia para tentar criminalizar a luta social. Já fizeram de tudo para destruir o MST. Mas não conseguiram e não conseguirão, porque a nossa luta é justa e necessária. Se aos latifundiários e seus parlamentares reacionários quiserem acabar com o MST, basta fazer a reforma agrária. Distribuam a terra que o MST deixará de ser necessário. Mas enquanto houver um latifúndio no Brasil, haverão pobres, que se organizarão no MST ou em outras formas de organização.

Com quem o MST contou de fato, para se livrar dessa CPI?

Contamos com as forças políticas de toda a sociedade brasileira, como as igrejas, artistas, intelectuais, com seus artigos, depoimentos, manifestos. E contamos com os parlamentares progressistas, de diversos partidos, como PT, PSOL, PDT, PCdoB, PV, PSB e até do PMDB, que nos ajudaram a desmontar o circo da direita reacionária.

O José Rainha foi uma espécie de segundo homem do MST aos olhos do mundo externo. Como é sua relação com ele e qual a real razão de sua saída?

O José Rainha em determinada altura de nossa caminhada optou por trilhar um caminho próprio, com suas ideias e métodos, e se afastou do MST, criando seu próprio movimento na região do Pontal, no extremo oeste de São Paulo. Lá ele tem uma base social com muitas famílias assentadas e criou o que ele chama de "MST da Base".

O MST não quer ter o monopólio da luta social no campo. Pelo contrário, quanto mais gente se organizar e lutar, mais rápido a reforma agrária sairá. Mas achamos que essa luta social, organizada e dirigida por diferentes formas e forças, deve ter uma unidade nacional, pois a luta de classes é nacional e até internacional. E práticas muito corporativas, localizadas, personalistas e exclusivistas não contribuem para a luta de classe.

Comente sobre:

Lula: Um grande líder popular, que começou na luta social e ascendeu ao maior cargo institucional desse país. No governo, apesar das limitações, articulou forças sociais, que conseguiram fazer mais do que a burguesia fez em 500 anos. Mas temos que diferenciar sempre o Lula do governo Lula, que foi um governo de composição de classes e transitório. Faltam ainda mudanças estruturais na nossa sociedade, que somente serão feitas combinando a disputa institucional com as lutas de massa.

FHC: De príncipe dos sociólogos se transformou em um político burguês, medíocre, vaidoso e vende-pátria. Como disse o eminente jurista Fabio Konder Comparato, se houvesse um Poder Judiciário independente neste país, ele deveria responder nos tribunais pelas falcatruas, desde a emenda da reeleição até a venda-roubo da Vale e das privatizações-negociatas das empresas estatais, entregues ao capital estrangeiro. Triste fim, para quem se achava o cara...

Sarney: O último representante da oligarquia nordestina, que ainda tem muito poder politico, não só no Maranhão e no Amapá, mas nas entranhas do Estado brasileiro.

Tarso Genro: Um grande político. Tem boa formação teórica. Sabe como as classes se comportam. Espero que possa desenvolver um governo progressista, que recupere o Estado gaúcho a serviço de todos, e não apenas dos empresários, como o governo fascista de Yeda Crusius. Certamente, a classe trabalhadora gaúcha voltará a acumular forças, na construção de uma sociedade mais democrática.

Collor: Um lúmpem-burguês, que a própria burguesia afastou do governo, quando percebeu suas verdadeiras intenções.

Dilma: Uma esperança de que o país conseguirá não só ampliar os programas de apoio à classe trabalhadora, mas poderá construir uma nova correlação de forças, que possa fazer mudanças estruturais na sociedade brasileira. Embora não dependa dela pessoalmente, mas espero que no período de seu governo ingressemos num novo período histórico da luta social brasileira.

Marina Silva: Tem um passado honrado, mas fez alianças espúrias com os verdes capitalistas. Basta ver os financiadores de sua campanha. Espero que não se iluda com o número de votos recebidos, que foram desviados da direita ou formado por jovens desiludidos e despolitizados. A sua biografia se manterá da dimensão que ela construiu se Marina voltar a estimular as lutas sociais, como fez Chico Mendes, na defesa dos direitos dos trabalhadores, sejam sociais, ambientais ou econômicos.

José Serra: Espero que como pessoa aprenda a lição e pare de se candidatar. Como político, desempenhou o triste papel udenista de articular a burguesia brasileira com teses direitistas e reacionárias. A Madre Cristina que foi sua formadora na Ação Popular, já falecida, teria vergonha do seu papel recente.

Caetano Veloso: Parece ser um grande músico, com ideias e práticas da pequena burguesia, sempre oscilando.

Gilberto Gil: Um grande músico, gosto muito de suas canções.