quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Luiz Carlos Prates: qualquer miserável agora tem carro



Não é de hoje que o colunista da RBS TV de Santa Catarina, Luiz Carlos Prates, utiliza seu privilegiado espaço na TV para destilar todo o seu rancor e ressentimento contra as classes menos favorecidas. Suas manifestações carregadas de preconceito e ódio de classe possuem alvo certeiro, o governo do presidente Lula e sua política de elevação do poder de compra das classes mais baixas.

Este sujeito, no fundo, representa o pensamento de uma boa parte da burguesia e da classe média do nosso país que acha ruim ver os pobre melhorando de vida, entrando na universidade, comprando carro, casa, etc. O dito colunista deveria ser enviado, junto com Boris Casoy, Diogo Mainardi, Olavo de Carvalo e cia, para o museu do pensamento retrógrado e carcumido de uma direita que suspira de saudades dos tempos em que os milicos mandavam no nosso país.

Nessas horas me orgulho de termos um operário e ex-retirante nordestino na presidência do nosso país, alguém que enfrentou durante toda a sua vida inúmeros preconceitos e ataques da burguesia, e que hoje vai para o fim do seu mandato como o presidente mais bem avaliado da nossa história.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Cadê a liberdade de expressão?

Fiquei profundamente indignado ao ler esta notícia em diversas páginas da internet. Não somente por conhecer pessoalmente a principal envolvida, a escritora e atriz Telma Scherer, mas pelo total absurdo que o fato acontecido durante a última sexta-feira na 56º Edição da Feira do Livro de Porto Alegre representa numa sociedade que se diz democrática.

Justamente a Feira do Livro, que deveria buscar a democratização e a valorização da produção cultural, foi palco da ação truculenta da Brigada Militar contra uma artista que nada mais fazia se não usar seu talento e sua arte para ilustrar sua atual condição de vida.

A quem a performance de Telma perturbou? Aos livreiros pelo prejuízo às vendas? Ao relativamente numeroso público que se reunia em seu torno e se mostrava solidário ao seu protesto? Ou à consciência daqueles que deveriam trabalhar pela valorização dos(as) escritores(as) gaúchos(as), mas que preferem entregar esta tarefa às frias mãos do mercado literário.

Abaixo segue a manifestação da escritora e atriz Telma Scherer, que relata em seu blog o lamentável episódio ocorrido.

Por que fui calada?

Enquanto eu estava fazendo a minha performance, na Praça da Alfândega, fui cercada por aproximadamente dez policiais e retirada de lá contra a minha vontade.

Os policiais primeiro me levaram para fora da Praça, longe das luzes da Feira, acompanhada pelos brigadianos e duas motos, na presença de um grande público, amigos, leitores.

Perguntei o que estava acontecendo e disseram que eu precisava me identificar.

Depois me pegaram pelo braço e me puseram dentro de uma viatura com quatro policiais. Perguntei o que estava acontecendo e me disseram que eu estava sendo levada para fazer exames médicos. Eu chorava copiosamente pensando que, diante do público da Feira, eu era tratada como uma doente mental, bandida, criminosa, perturbadora da paz. E sem entender o que estava acontecendo, o que fiz de culpável.

Não fizeram qualquer exame. Apenas aguardei até que o vice-presidente da Feira chegou na delegacia e conversamos. Eu falei o óbvio: que a imagem poética é plurissignificativa, eu estava realizando uma manifestação artística, apenas, e em nenhum momento compreendi qual o crime que eu estava cometendo e nem o porque de ser retirada dessa forma.

Eu quis apenas expressar sentimentos relacionados à vivência que tive nos últimos meses, quando acumulei muitas contas e tive que deixar o apartamento onde morava. Formei com as contas uma imagem poética em três dimensões, pus meu corpo em cena e utilizei alguns objetos cênicos.

O público parece ter se identificado, pois foi muito receptivo e acolhedor. Foi por causa dele que fiquei até o fim. Agradeço às pessoas que se manifestaram apoiando-me e inclusive revoltando-se com aquela situação.

O público leitor. Foi para encontrá-lo que fiz minha performance. Ela não incentiva a leitura? O vice presidente da Câmara disse que o objetivo da Feira é incentivar a leitura, quando o perguntei.

É para o público que eu escrevo e pretendo escrever o melhor possível. Ainda que, às vezes, seja difícil encontrar um lugar adequado para isso.

Estou chocada e sem compreender o porque de toda essa truculência com uma escritora em praça pública. Ora, uma escritora conversando com o público em um evento literário de repente tem de ser retirada dessa forma, como se estivesse cometendo crimes hediondos? Cada um interpreta uma performance à sua maneira, se o chapéu caiu certeiro na consciência de quem se incomodou com a minha presença, não posso fazer mais do que dizer: essa interpretação é sua.

O pior foi ter de interromper a minha performance. Eu estava em cena. Já fui contratada tantas vezes para fazer performances de poesia pelos próprios promotores do evento. Se buscarem os guias da Feira dos anos anteriores verão que estive na programação de 2009, 2008, 2007… Em 2010, não enviei propostas de atividades simplesmente porque, no ano passado, cansei demais. Convidaram-me para o Feira Fora da Feira, aceitei, e estou fazendo performances nas comunidades, aos sábados. Já estive na Lomba do Pinheiro, na Tristeza e amanhã, abalada moralmente, humilhada e entristecida, irei até o Morro da Cruz cumprir a atividade do Feira Fora da Feira.

Por que fui calada?

(*) Escritora, atriz, licenciada em Filosofia na UFRGS e mestre em Literatura Comparada na UFRGS

Foto: Guto Maahs/Rumor da Casa

sábado, 13 de novembro de 2010

Governo tem nova versão para Código Florestal

Jorge Américo
Radioagência NP



É grande a expectativa quanto à apresentação do Projeto de Lei do governo que substitui o Código Florestal, de 1965. A previsão é que a proposta fique pronta ainda nesta semana, mas deverá ser enviada ao Congresso somente no próximo ano. O objetivo é evitar desgaste político nos últimos dias do governo Lula.

O Projeto do governo é uma alternativa ao novo Código Florestal, aprovado no início de julho por uma comissão especial da Câmara dos Deputados. Criticado por ambientalistas e organizações sociais, o novo Código teve como relator o deputado federal Aldo Rebelo (PC do B) e aguarda votação nos plenários da Câmara e do Senado.

Um dos pontos mais polêmicos da proposta de Aldo é a possibilidade de anulação das multas aplicadas em produtores rurais que desmataram reservas ambientais no período anterior a julho de 2008. Eles não estariam mais obrigados a recuperar as áreas degradadas.

O Código também reduz de 30 para 15 metros a área de vegetação que deve ser preservada na margem de rios. A criação de planos de regularização ambiental, no prazo de cinco anos, ficaria sob responsabilidade dos estados. O governo alega que as propostas de Aldo incentivam o desmatamento e prejudicam compromissos assumidos pelo Brasil, como as metas de redução dos gases de efeito estufa.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ensino Superior: classes C, D e E somam 73,7% ‘assim não pode, assim não dá’!


Do blog mariafro

PHA tem toda a razão quando ele diz que os ataques ao ENEM são ataques de classe, dos mais ricos contra os mais pobres. É só ler a notícia abaixo e também acessar este post e este aqui.

Mais jovens de classe D que de A na universidade

Com filhos da elite em proporção cada vez menor, alunos de baixa renda são maioria: classes C, D e E correspondem a 73,7%

POR: MARIA LUISA BARROS, em O Dia Online

Rio – Um fenômeno recente está dando novo rosto às universidades brasileiras e mudando, para melhor, a vida de milhares de famílias. Pesquisa inédita do Data Popular, instituto especializado em mercado emergente no Brasil, revela que, pela primeira vez na década, jovens de baixa renda são maioria nas faculdades. Eles são 73,7% dos universitários. “É um contingente enorme que representa a primeira geração de suas famílias a obter um diploma de nível superior”, constata Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto de pesquisa.

O estudo mostra que os estudantes da classe D, oriundos de famílias que ganham menos de 3 salários mínimos (R$ 1.530), ultrapassaram os filhos da elite nos campi. Uma das razões para esta revolução no ensino apontada por Meirelles foi o Programa Universidade para Todos (ProUni) que já atendeu 747 mil estudantes de baixa renda nos últimos seis anos.
De 2002 a 2009, as faculdades, públicas e particulares, receberam 700 mil estudantes da classe D — média de 100 mil jovens a cada ano. Se há oito anos eles ocupavam somente 5% do bolo universitário, em 2009 chegaram a 15,3%. Já os da classe A perderam participação no total: a fatia caiu de 24,6% para 7,3%.

Ronald Rosa Fonseca, 25 anos, passou pelo funil da exclusão social. Filho de uma doméstica e de um mecânico, teve o apoio dos patrões da mãe para cursar o 4º período de Serviço Social na Pontifícia Universidade Católica (PUC). “Eles permitiram que eu morasse na casa deles, no Leme, onde minha mãe trabalha. Não teria condições de estudar morando em Magé”, conta ele, que passou em 11º lugar no vestibular. Graças ao bom desempenho, a PUC deu a ele bolsa integral, passagem, alimentação e livros.

INVESTIMENTO PESADO

De acordo com Meirelles, para esses jovens a universidade é um investimento pesado, mas que vale a pena: “A família vê no estudo a única chance de mudar as condições de vida de todos”. Em retribuição à ajuda que recebeu para entrar na faculdade, Ronald voltou para o pré-vestibular gratuito mantido pela empresa ExxonMobil como coordenador. “Quem consegue entrar tem quase um compromisso de voltar e fazer o mesmo por outros jovens”, diz ele. Além do curso, os alunos participam de oficinas culturais, palestras, visitas a museus, universidades e empresas. Em janeiro, será aberta nova seleção. Informações: 2505-1233 e 2505-1256.

Número de universitários cresceu 57% em sete anos

Entre 2002 e 2009, o número de universitários no Brasil passou de 3,6 milhões para 5,8 milhões, um avanço de 57%.

Noventa por cento da população ganham até 10 salários mínimos e movimentam R$ 760 bilhões ao ano.

As classes A e B detêm 26,3% das vagas no ensino superior, enquanto estudantes da C, D e E representam 73,7% do total.

Em todas as classes sociais, houve aumento dos homens nas faculdades, mas as mulheres são a maioria (57%).

A média da idade dos universitários aumentou: passou de 25,87 em 2002 para 26,32, em 2009.

A necessidade de trabalhar para pagar a faculdade faz com que a maioria prefira estudar à noite ou em meio período.

Rede de apoio para estudantes carentes

Para atravessar os portões das universidades, estudantes de baixa renda contam com extensa rede de apoio que inclui programa de bolsas em faculdades privadas, orientação profissional e pré-vestibular social patrocinados por grandes empresas. É o caso do estudante Carlos Henrique Simões, 22 anos, morador de Realengo, Zona Oeste, que será o primeiro da família a prestar vestibular.

Há um ano, ele frequenta as aulas do pré-vestibular custeado pela empresa petrolífera Exxon Mobil, em parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE). Os alunos recebem bolsa-auxílio de R$ 100 por mês e vale-transporte para que não abandonem os estudos. “Eles chegam com tanta vontade de fazer faculdade que demonstram uma força imensa, capaz de superar qualquer obstáculo”, diz Valéria Lopes, supervisora do CIEE.

Desde que foi criado, em 2004, o Programa Mais ajudou 51 estudantes a ingressar na universidade. Carlos não só está próximo de realizar seu sonho, como está levando junto a família. “Minha mãe voltou a estudar e está a caminho de concluir o Ensino Médio. Meu irmão mais velho também retomou os estudos”, conta o estudante, que fará Serviço Social.

Renda aumentou e mensalidade despencou

A ascensão dos jovens de baixa renda aos bancos universitários foi favorecida pela universalização do Ensino Médio e pela expansão das faculdades privadas, que fez despencar o preço das mensalidades. Além disso, foram criados cursos universitários de dois anos e a classe D obteve aumento na renda. “Depois de pagar a comida, aluguel e condução, começou a sobrar dinheiro para pagar os estudos”, observa Renato Meirelles.

Segundo ele, a classe C já representa o maior número de alunos em escolas privadas, com mais de 4 milhões de crianças matriculadas. “É um círculo virtuoso baseado na reciprocidade. Quem é ajudado ajuda outros a melhorar de vida”, explica. Ainda na classe C, 68% das pessoas estudaram mais do que os pais; entre a classe A esse percentual é de apenas 10%.

A partir do ano que vem, jovens terão mais um incentivo. A UFRJ vai destinar 20% das vagas para estudantes de escolas públicas. Os candidatos serão aprovados por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A instituição planeja dar mil bolsas-auxílio, Bilhete Único Intermunicipal e netbooks.

Fonte: Blog da Maria Frô

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Espaço de comercialização solidária na UFRGS

Livro sobre ex-deputado Adão Pretto lançado amanhã na 56ª Feira do Livro


Será lançado amanhã, às 19h, no estande do Senado junto à 56ª Feira do Livro, em Porto Alegre, o Livro Perfil Parlamentar de Adão Pretto. A obra é uma produção das Edições da Câmara e resgata espisódios da intervenção política dos seis mandatos do ex-parlamentar falecido em fevereiro de 2009.

O livro foi posível graças ao apoio do deputado federal Marco Maia que justificou a obra nos seguintes termos: “O conhecimento e a trajetória de Adão Pretto contribui para a compreensão de um período muito rico da história do país, em que a sociedade se reorganiza, após anos de ditadura, e a participação popular ajuda a criar novas instituições no rumo da democracia plena”.

A obra está dividida em duas partes. A primeira delas foi constituída ao redor das entrevistas efetuadas para a elaboração deste Perfil. Nela são apresentados dados e depoimentos relacionados à vida política de Adão. Para sua elaboração, além de pesquisa nos Anais e Arquivos das duas casas em que ele exerceu atividade parlamentar, e em jornais e bibliografia especializada, ouvimos 23 pessoas que conviveram politicamente com ele, ao longo de sua vida. O quadro com os depoentes é apresentado em Anexo, ao final.

As entrevistas foram muito ricas, e forneceram material precioso, não apenas sobre a pessoa de Adão Pretto, mas também sobre os fatos históricos e processos políticos nos quais ele esteve envolvido. Em muitos casos nos pareceu mais acertado transcrever trechos maiores dos depoimentos, mesmo que ficassem um pouco longos, seja pela linguagem vigorosa ou pela propriedade com que o entrevistado expressou determinadas ideias.

A segunda parte estruturou-se em torno dos registros existentes nos Arquivos da Câmara: os discursos, os projetos, a participação nas Comissões. São apresentadas algumas de suas atuações parlamentares mais marcantes, tanto na tribuna como nas ações de solidariedade e nas ações propriamente legislativas.

As centenas de pronunciamentos realizados em plenário permitem traçar uma linha cronológica dos principais eventos da luta pela terra no Brasil.

Quem foi Adão Pretto

Adão Pretto foi um deputado singular. Agricultor familiar e líder sindical dos trabalhadores rurais, participou da retomada das lutas no campo, no final da década de 1970, tornando-se uma liderança reconhecida no Rio Grande do Sul, onde ajudou a fundar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST). Em 1986, foi eleito deputado estadual (RS) e, em 1990, deputado federal. Na Câmara dos Deputados exerceu cinco mandatos consecutivos, o último dos quais foi interrompido por sua morte, em 2009.

Adão representou os interesses e a experiência do camponês no parlamento, raízes primordiais às quais permaneceu fiel até o último momento. Mais do que isto, foi, em Brasília, a extensão de um movimento forte e pujante, que usava dos mais variados recursos de ação e mobilização na luta por terra e por direitos para os trabalhadores rurais. Seu mandato foi exercido em estreita comunhão com os movimentos populares, experimentando formas originais de gestão coletiva da representação parlamentar, sobre as quais vale a pena se debruçar.

Para traçar seu perfil, foram consultados os registros de sua passagem na Câmara dos Deputados, os mais de 900 pronunciamentos apenas em plenário, e os projetos apresentados. Os anais da Assembleia Legislativa do RS também foram pesquisados. Além disso, foram entrevistadas diversas pessoas ligadas a sua história pessoal e política.

Os organizadores

A obra foi irganizada por Ana Luiza Backes, socióloga (UFRGS, 1986), especialista em Sociologia (UFRGS,1988), Mestre em Ciência Política (UnB, 1998), Doutora em Ciência Política (UFRGS, 2004). É Consultora Legislativa na Câmara dos Deputados desde 1991, atuando na Área de Ciência Política, Sociologia Política e História e por José Cordeiro de Araújo, engenheiro agrônomo (UFPEL, 1970), Mestre em Fitotecnia de Forrageiras (UFRGS, 1972), e Especialista em Políticas Públicas e Governo (EPPG/UFRJ, 1997). Extensionista rural, atuou por 18 anos na Amazônia e na Embrater, em Brasília. Foi Consultor Legislativo na Câmara entre 1991 e 2010, na Área de Agricultura e Política Rural. Aposentou-se em fevereiro de 2010.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Os sem-terra

Imagem: Sebastião Salgado

Li esse texto há pouco e fiquei louco de vontade de publicá-lo, é de autoria do mestre Eduardo Galeano:

Sebastião Salgado os fotografou, Chico Buarque os cantou, José Saramago os escreveu: cinco milhões de famílias de camponeses sem-terra deambulam, "vagando entre o sonho e o desespero", pelas despovoadas imensidões do Brasil.
Muitos deles se organizaram no Movimento dos Sem-Terra. Desde os acampamentos, improvisados às margens das rodovias, jorra um rio de gente que avança em silêncio, durante a noite, para ocupar os latifúndios vazios. Rebentam o cadeado, abrem a porteira e entram. Às vezes são recebidos a bala por pistoleiros e soldados, os únicos que trabalham nessas terras não trabalhadas.
O Movimento dos Sem-Terra é culpado: além de não respeitar o direito de propriedade dos parasitas, chega ao cúmulo de desrespeitar o dever nacional: os sem-terra cultivam alimentos nas terras que conquistam, embora o Banco Mundial determine que os países do sul não produzam sua própria comida e sejam submissos mendigos do mercado internacional.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Homenagem à capital dos gaúchos


Uma pequena homenagem à nossa querida Porto Alegre, que nos presenteou com um lindo dia ensolarado de primavera.
Ao lado uma foto do Parque Farroupilha, também conhecido como Parque da Redenção, nome que foi dado em homenagem à libertação dos escravos.


O Mapa

Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...

(É nem que fosse o meu corpo!)

Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...

Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)

Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...

Mario Quintana

(1906-1994)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Movimentos levantam bandeiras com vitória de Dilma


Por Pedro Carrano
Da Radioagência NP

Qual deve ser a postura do movimento popular e sindical, e quais as bandeiras centrais no governo Dilma, recém-eleita presidente do país? A ofensiva conservadora que marcou as eleições de 2010, as reivindicações da classe não cumpridas durante o governo Lula e a base econômica deixada pelo atual governo são alguns dos pontos de partida para as lutas dos movimentos sociais, de acordo com as reflexões de suas lideranças.

http://www.mst.org.br/Movimentos-levantam-bandeiras-com-vitoria-de-Dilma

Primeira postagem


Inauguro este blog fazendo uma homenagem a todas as mulheres, em especial às mulheres trabalhadoras do nosso Brasil, pela brilhante conquista que o povo brasileiro obteve no dia de ontem, ao eleger Dilma Roussef à presidência da república.